Capa da 1ª edição brasileira
Bem, o que posso dizer é: NANA é foda. Sério. Para vocês terem uma noção, foi um dos poucos mangás que me fizeram ter coragem de ler 18 volumes de mais ou menos 200 páginas no computador, e em inglês! Ele ainda não se encerrou no Japão, e confesso estar num dilema existencial se continuo a leitura ou espero sair aqui (se for mensal, daqui a uns... 2 anos?).
A história, pra quem vê por alto, é simples: duas garotas vindas do interior que passam a dividir um apartamento e suas vidas. Em comum, a idade, o nome e o sonho de sobreviver em Tokyo; de diferente, todo o resto. Nana Komatsu é patricinha, insegura, boba e sem um ideal de vida; Nana Osaki é punk, independente, tem um passado de abandono e um ideal: ganhar a vida com sua voz. Ainda assim elas criam um forte laço de amizade, e a partir dele suas vidas mudarão, se entrelaçarão. Nada de ninjas, nada de cadernos assassinos, nada de shinigamis, nada muito diferente da realidade. O charme da série está simplesmente em tratar de coisas que podem acontecer com qualquer pessoa comum, numa linguagem adulta, temperada por humor, drama, personagens carismáticos e profundos.
A autora de NANA é a desenhista Yazawa Ai, que também publicou Paradise Kiss, obra que saiu por aqui e sobre a qual andei comentando com algumas pessoas. A história virou dois filmes de muito sucesso no Japão, e já foi sondada inclusive por Hollywood para ser refilmada (não que isso seja uma coisa tão boa assim, mas...). Além disso, há o anime de 54 episódios. A trilha sonora de ambos catapultou cantoras ao estrelado lá do outro lado do mundo, fora a influência que exerceu na moda e comportamento. Duvido que aconteça algo parecido por aqui, já que o povo tem a mente muito fechada em relação a quadrinhos, mas... espero que faça sucesso. :)
Vou deixar um vídeo da segunda abertura do anime para vocês:
Uma abestada qualquer.